Henrique Castriciano foi o mais importante
intelectual do RN no início do século XX. Suas obras foram traduzidas para
diversos idiomas, conquista que nenhum outro poeta potiguar alcançou. Implantou
a Educação feminina no RN e criou a Liga de Ensino em 23 de julho de 1911. Além
disso, fundou o escotismo no RN, descobriu Nísia Floresta e foi orientador
intelectual de Câmara Cascudo.
Ao longo de sua história, Henrique Castriciano
publicou quatro obras em poesia: Iriações (1892), Ruínas (1897), Mãe (1899) e
Vibrações (1903). Este último foi considerado pela crítica, a melhor publicação
do poeta. Henrique também escrevia artigos, crônicas e ensaios, que foram
publicados em jornais de Natal, Recife e Rio de Janeiro. O poeta também teve
uma vida política. Em 1900, foi Procurador-Geral do Estado, e em 1908, foi
Deputado Constituinte, além de ter sido Vice-Governador.
Em 1909, viajou à Europa para enriquecimento
cultural, e conhecimento da educação feminina, na École Ménagère de Friburgo
(Suíça) que inspirou a fundação da Escola Doméstica de Natal. Segundo ele, era
preciso investir na educação das mulheres para que elas melhorassem a família
e, em consequência, contribuíssem para progresso da sociedade.
Em 1º de setembro de 1914, a Liga de Ensino fundou
a Escola Doméstica de Natal, sem a presença de HC, que estava na Europa e não
conseguiu retornar, em virtude do início da Primeira Guerra Mundial. Em 1936
fundou a Academia Norte-rio-Grandense de Letras, e ocupou a cadeira nº 2, que
tinha como patrona a poetisa Nísia Floresta. O poeta nasceu em 15 de março de
1874, na cidade de Macaíba e teve 4 irmãos: Eloy de Souza, Irineu Leão, Auta de
Souza e João Câncio.
Aos 17 anos, começou a escrever crônicas para o
jornal A República, com circulação em Natal. Aos 18 anos, foi vítima de
Tuberculose, doença comum na época. Para se tratar, ele passou uma temporada na
cidade de Angicos e Serra de Martins, interior do RN. Na parede da Gruta das
Trincheiras, em Martins, HC escreveu o poema, Enigma. O poeta faleceu no dia 26
de julho de 1947.
FONTE – JORNAL O PÚBLICO
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