segunda-feira, 1 de agosto de 2016

ESCOLA DOMÉSTICA DE NATAL



O fundador da Escola Doméstica foi o poeta Henrique Castriciano, criador da Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, em 1º de setembro de 1914. Para ele, as mulheres tinham importante papel na sociedade. Como na época predominavam as escolas religiosas, o poeta inovou, adotando o modelo da educação doméstica que conheceu na Suíça. As primeiras professoras da ED foram europeias, sendo depois substituídas pelas brasileiras
Inicialmente, em 1914, e ficando quase meio século, a Escola Doméstica de Natal funcionou na Ribeira, no bonito prédio de estilo neoclássico, projetado pelo Dr. João Thomé Saboya. Na época, a Ribeira era o principal bairro de Natal, onde se concentravam o comércio, as atividades culturais e sociais, sendo, também, área residencial importante. A Escola era, por muitos motivos, o orgulho da Ribeira. Era, como ainda hoje é, a sala de visita da cidade de Natal.
Há pouco tempo na Direção da Escola Doméstica, Noilde Ramalho percebeu que seria necessário deixar o prédio da Ribeira para se instalar em local mais adequado, que oferecesse mais conforto para os usuários e mais funcionalidade para as atividades da Instituição. Era preciso estar mais próxima das residências das famílias que levavam suas filhas para o estabelecimento, exceção para as alunas do internato, vindas de outras cidades de várias regiões do Brasil. E as enchentes da Ribeira comprometiam o acesso.
Em março de 1952, houve a transferência para o novo endereço, no florescente bairro do Tirol, na avenida Hermes da Fonseca. O terreno recebido pela doação do Estado era planície de restinga, coberta por vegetação herbácea, uma espécie de gramínea rasteira. Pouquíssimas árvores, isoladas, perdidas na vastidão da área. Noilde Ramalho, sempre sensível às coisas da natureza, apreciadora da beleza que o mundo vegetal oferece, tratou logo de arborizar o local, mesmo antes da construção do novo prédio iniciar. Foram plantadas inúmeras árvores que, atualmente, conferem à área uma beleza ímpar.
Atualmente, é um conjunto agradável e ameno, onde se vê a integração harmônica entre a natureza e as edificações. Circundante, encontram-se as dunas com sua vegetação característica da Mata Atlântica, sítio ecológico onde riquíssimas flora e fauna são preservadas.
O primeiro projeto arquitetônico do novo prédio a ser construído foi de autoria do engenheiro Otávio Tavares. Entretanto, coube ao engenheiro Hélio Lopes de Oliveira a elaboração definitiva do projeto, bem como o acompanhamento da construção.
Com a criação da Escola Doméstica de Natal, o Rio Grande do Norte se orgulha de ser protagonista e pioneiro na emancipação da mulher na sociedade. A Escola continua seu pioneirismo, pois atualizou-se, equiparou-se ao ensino da modernidade, mas se manteve na tradição de valorizar aspectos especiais à condição feminina.
Com as transformações exigidas pela evolução social e a complexa sociedade do século XX, a Escola inovou oferecendo um ensino que desenvolve habilidades e competências, conhecimentos contextualizados e sua aplicabilidade na solução de situações-problema da vida diária no círculo social e no mercado de trabalho, fundamentada na formação crítico-reflexiva.
A Escola acrescentou à sua estrutura curricular disciplinas teórico-práticas diferenciadas através do núcleo de Economia Doméstica: Etiqueta Social e Profissional, Técnicas Culinárias, Organização do Lar, Casa de Prática e Puericultura. Todas elas com o objetivo de preparar a aluna para atuação em sua vida familiar, social e no mercado de trabalho.

HENRIQUE CASTRICIANO



Henrique Castriciano foi o mais importante intelectual do RN no início do século XX. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas, conquista que nenhum outro poeta potiguar alcançou. Implantou a Educação feminina no RN e criou a Liga de Ensino em 23 de julho de 1911. Além disso, fundou o escotismo no RN, descobriu Nísia Floresta e foi orientador intelectual de Câmara Cascudo.
Ao longo de sua história, Henrique Castriciano publicou quatro obras em poesia: Iriações (1892), Ruínas (1897), Mãe (1899) e Vibrações (1903). Este último foi considerado pela crítica, a melhor publicação do poeta. Henrique também escrevia artigos, crônicas e ensaios, que foram publicados em jornais de Natal, Recife e Rio de Janeiro. O poeta também teve uma vida política. Em 1900, foi Procurador-Geral do Estado, e em 1908, foi Deputado Constituinte, além de ter sido Vice-Governador.
Em 1909, viajou à Europa para enriquecimento cultural, e conhecimento da educação feminina, na École Ménagère de Friburgo (Suíça) que inspirou a fundação da Escola Doméstica de Natal. Segundo ele, era preciso investir na educação das mulheres para que elas melhorassem a família e, em consequência, contribuíssem para progresso da sociedade.
Em 1º de setembro de 1914, a Liga de Ensino fundou a Escola Doméstica de Natal, sem a presença de HC, que estava na Europa e não conseguiu retornar, em virtude do início da Primeira Guerra Mundial. Em 1936 fundou a Academia Norte-rio-Grandense de Letras, e ocupou a cadeira nº 2, que tinha como patrona a poetisa Nísia Floresta. O poeta nasceu em 15 de março de 1874, na cidade de Macaíba e teve 4 irmãos: Eloy de Souza, Irineu Leão, Auta de Souza e João Câncio.
Aos 17 anos, começou a escrever crônicas para o jornal A República, com circulação em Natal. Aos 18 anos, foi vítima de Tuberculose, doença comum na época. Para se tratar, ele passou uma temporada na cidade de Angicos e Serra de Martins, interior do RN. Na parede da Gruta das Trincheiras, em Martins, HC escreveu o poema, Enigma. O poeta faleceu no dia 26 de julho de 1947.
FONTE – JORNAL O PÚBLICO

COLÉGIO HENRIQUE CASTRICIANO



Foi fundado em 15 de março de 1987, idealizado pela professora Noilde Ramalho, que também cumpria os ideais de educação do Dr. Henrique Castriciano e atendia aos anseios  dos pais  que solicitavam uma escola mista. O HC tem uma estrutura única, edificado, física e pedagogicamente, em sintonia com características ecológicas que o circundam. Convivendo com resquícios da Mata Atlântica, com as dunas do Tirol, trilhas e bosques, exerce práticas pedagógicas que buscam associar conhecimentos teóricos às concreticidades locais e mundiais.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN





O UNI-RN, também idealizado pela professora Noilde Ramalho, foi criado no dia 28 de abril de 1997, pela Liga de Ensino do Rio Grande do Norte e autorizado pelo MEC em dezembro de 1998. Foi implantado inicialmente com quatro cursos superiores, no período noturno, a saber: Administração, Administração em Marketing, Bacharelado em Sistemas de Informação, Ciências Contábeis, Direito e Licenciatura em Computação. Atualmente oferece dez cursos de graduação, tendo autorizados, mais recentemente, os cursos de: Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Educação Física, além de vários cursos de pós-graduação.
O UNI, ao assumir o compromisso de prestar serviço à Educação Superior, busca desenvolver-se para um centro de excelência e uma instituição cidadã, que ensine para a vida, que forme seres humanos cidadãos, que não visem o lucro em primeiro plano e que sejam responsáveis nos planos éticos, cultural e social. 
FONTE - SITE DA ESCOLA DOMÉSTICA DE NATAL

ESCOLA DOMÉSTICA DE NATAL

A Escola Doméstica de Natal, fundada em  primeiro de setembro do ano de 1914 , faz parte de um complexo de ensino, como sua primeira instituição escolar. Todo o complexo de ensino, sem fins lucrativos, o qual hoje também engloba o Colégio Henrique Castriciano  e a [FARN] (criada em 2000) Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do RN, , é mantido pela Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, fundada em 1911. O fundador da ED, como a Escola Doméstica de Natal é também reconhecida, foi o poeta, político e arauto da educação feminina HENRIQUE CASTRICIANO, o qual por anos e anos viajou pela Europa na tentativa de colher informações para uma escola doméstica, a qual teria como objetivo valorizar o cotidiano familiar e fazê-lo no plano da integração social da mulher.

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